tag:blogger.com,1999:blog-80311005434480407682024-03-08T00:42:58.950-03:00Ponto, pula linha.MINHA COLCHA DE RETALHOS COLORIDOSLuisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-11919070580955829052011-07-24T12:03:00.003-03:002011-07-24T12:09:26.841-03:00AconchegoAi, que saudade do aconchego dos seus braços<br />Dos chamegos, dos amassos<br />Das coisas bobas de carinho sem fim<br /><br />Ai, que saudade da alegria<br />Da folia, euforia,<br />De ser a flor do seu jardim<br /><br />Ai, que saudade de janeiro<br />Fevereiro, dia inteiro<br />Agarradinha com você, assim<br /><br />Ai, que saudade, que saudade<br />De toda felicidade<br />De quando nada era ruim<br /><br />Ai, que vontade, que vontade<br />De ter você aqui e agora<br />E te guardar dentro de mim.<br /><br /><br /><span style="font-style:italic;"><br />Luisa Iva<br />em 23/7/2011</span> <br /><br />Ponto FinalLuisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-3899493362046270602011-05-17T14:04:00.000-03:002011-05-17T14:06:14.547-03:00O sonhador e a nuvemEu, sonhador<br />Não vi a nuvem se aproximar,<br />Tempestade de raios na minha janela.<br /><br />Está tudo cinza<br />E eu detesto essa cor.<br />Eu, sonhador<br />Não vi a nuvem se aproximar.<br /><br />Agora chove forte e eu aqui estou<br />Tenho medo da chuva, da morte<br />De tanta falta de sorte,<br />De toda falta de amor.<br /><br />Eu, sonhador<br />Não vi a nuvem se aproximar,<br />Trovões, clarões na minha janela.<br /><br />O céu chorando a me encharcar<br />Não sou lenço de papel.<br />Alguém pode avisar ao céu<br />Que não estou aqui pra enxugar?<br /><br />Eu choro também <br />Embaçando a visão<br />Tentando desfocar o quadro<br />De tão triste solidão.<br /><br />Mas a culpa é toda minha.<br />Eu, sonhador<br />Não vi a nuvem se aproximar.<br /><br /><span style="font-style:italic;"><br />Luisa Iva</span><br />23/08/2010<br /><br />Ponto finalLuisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-21723046382651075222011-04-05T11:09:00.000-03:002011-04-05T11:15:43.272-03:00HOJEMesmo que você queira<br />Ou não queira aceitar <br />Hoje eu te amo<br />E isso hoje não vai mudar.<br /><br />Mesmo que a água desse copo<br />Um dia possa transbordar<br />Eu sei que hoje te amo<br />E não tem como duvidar.<br /><br />Mesmo que a vida me leve<br />Pra um outro distante lugar<br />Posso dizer que hoje eu te amo<br />E que aqui eu vou ficar.<br /><br />Mesmo que você me diga<br />Que está confuso e chateado<br />Afirmo que hoje eu te amo<br />E te quero aqui ao lado.<br /><br />Hoje eu te amo,<br />Mesmo que minha cabeça diga não.<br />Hoje eu te amo<br />Mesmo com toda interrogação.<br /><br />Te amo hoje,<br />O pra sempre a gente decide amanhã.<br /><br />29/9/2010<br /><br /><br />Ponto finalLuisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-24729132217369066272011-02-15T14:42:00.003-02:002011-02-15T14:59:58.390-02:00Um diaUm dia negro, um dia cinza, um dia sem cor, um dia triste, um dia sem. Um dia poço, um dia trilhos, um dia deserto, um dia trovão.<br /><br />Um dia lágrimas, poças, rios... Um dia, dois, três. <br />Um dia choro, um dia soluço, um dia travesseiro, um dia lenço de papel.<br /><br />Um dia chute, um dia soco. Um dia ira, um dia dó, um dia dor. Um dia grito, um dia perguntas, um dia ponto de interrogação. Um dia mágoa, um dia angústia, um dia se começa a entender.<br /><br />Um dia percebe, um dia realiza, um dia faz sentido. Um dia batalha, um dia briga,um dia muda, um dia percebe.<br /><br />Um dia cura, um dia sara, um dia clareia, um dia esclarece. Um dia para, um dia passa, um dia resolve, um dia sorri.<br /><br />Um dia suspira, um dia supera, um dia reúne, um dia regenera. Um dia constrói, um dia colore, um dia acende. Um dia melhora, um dia há de melhorar.<br /><br />Um dia se entende, um dia se esquece, um dia se muda, um dia há de se ganhar. Um dia realiza, um dia compreende. Um dia, de tanto lutar, a gente aprende.<br /><br />Vai chegar o dia em que você vai virar para essa dor que te fez tão mal e falar no ouvido dela: "Você não me fere mais".<br /><br /><br />Luisa Iva<br />15/02/2011<br /><br /><br />Ponto finalLuisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-35994247593396285202011-01-04T16:44:00.006-02:002011-01-17T22:00:08.887-02:00Esperanças do novo anoA partir de hoje e, enquanto eu puder garantir a minha sanidade mental eu quero mais!<br /><br />Mais de tudo que for colorido e tiver gosto de açúcar, caramelo, pipoca e pizza<br />Mais dos sonhos que antes eu não pude sonhar<br />Mais dos sorrisos que eu economizei por motivos tolos<br />Mais beijos demorados que falam mais que todas as declarações de amor<br />Mais dos abraços apertados que parecem quebrar costelas<br />Mais da liberdade de sonhar, seguir e expressar o que sinto<br /><br />Mais um pouco de silêncio<br />Mais um tanto de barulho<br />Mais sombra e água fresca<br />Mais suor pra deixar as recompensas merecidas<br />Mais de tudo que eu deixei e me arrependi<br />Mais do que eu conquistei e não quero largar<br /><br />Mais aventuras pra eu contar pros meus netos<br />Mais juízo pra eu não me arrepender<br />Mais amigos pra multiplicar as conquistas<br />Mais coragem pra ser quem sou<br />Mais força pra ir onde quero<br /><br />Mais sonhos leves como algodão doce<br />Mais música, mais poesia<br />Mais saúde pra batalhar<br />Mais sorte, mais destino-amigo<br />Mais felicidade, porque a coisa mais linda do mundo é ser feliz<br />Mais amor, porque sem amor não existe "nós"<br /><br /><br />Em 2011 eu quero tanto, eu quero tudo que as minhas mãos possam agarrar. O que não puderem, eu deixo pra quem pode. O que eu quiser e não conseguir, eu tento depois. Mas, o que eu puder alcançar, será meu, eu prometo pro meu espelho hoje e prometerei todos os dias: o que eu puder alcançar será meu!<br /><br /><br />Feliz dois mil e onze!<br />Feliz novo ano!<br />Feliz nova oportunidade pra viver e ser feliz!<br /><br /><br />Ponto final, cheio de esperança.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-37135002532014058552010-10-27T13:11:00.005-02:002010-10-27T13:23:00.337-02:00Conversa de mãeAh, meu filho<br />Por que você não se interessa<br />Por essas moças de sapatilhas<br />E vestidos no joelho?<br /><br />Por que você não gosta<br />Das meninas que dançam balé <br />E falam francês, bonjour monsieur<br /><br />Por que você não liga<br />Praquela moça que só te deu o telefone<br />Depois de você muito insistir?<br /><br />Ah, meu filho<br />Por que você não se interessa<br />Pelas mulheres finas como cetim?<br /><br />Por que não gosta <br />Das cheias educação<br />Que sabem usar todos os talheres?<br /><br />Das que dão bom dia<br />Agradecem, se desculpam<br />Das que cedem lugar no ônibus...<br />Por quê?<br /><br />Por que você não se apaixona<br />Pelas meninas que cursam direito ou medicina,<br />Pelas que fazem aula de canto<br />E tocam piano desde os seis?<br /><br />Essas moças que lêem livros<br />Fazem palavras cruzadas<br />Escutam bossa nova<br />E assistem ao jornal...<br /><br />Essas sim, meu filho.<br />Essas sim!<br />Larga logo essa biscate<br />E escute sua velha mãe!<br /><br /><br /><br /><em>Luisa Iva<br />em 24/10/2010</em><br /><br /><br />Ponto final<br />e escutem suas mães (ou não).Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-100979966994426052010-10-05T11:26:00.002-03:002010-10-05T23:41:36.874-03:00Se ele não tivesse falado com Maria Helena...Talvez o céu não tivesse clareado<br />Talvez a chuva não tivesse estiado<br />Talvez o samba não fosse tão feliz<br />Talvez a prosa não fosse de alegria<br /><br />Talvez Helena não sorrisse hoje em dia<br />Talvez o povo não andasse tão contente<br />Talvez a nuvem não pairasse mais tão leve<br />Talvez meu canto fosse hoje mais breve<br /><br />Se ele não tivesse falado com Maria Helena<br />Naquele dia, naquela hora<br />Talvez a chuva caísse mais forte<br />Talvez o mundo ficasse sem sorte<br />E não houvesse mais borboletas.<br /><br />Talvez ele tropeçasse num bueiro<br />Naquela noite, naquele dia<br />Talvez ele não andasse tão faceiro<br />Talvez os pássaros parassem de cantar<br /><br />Talvez nada voltasse a ser igual<br />E todo o mundo entrasse em guerra<br />Talvez aquela rua, aquela casinha amarela<br />Ficasse sem cor, sem jardim, sem quintal.<br /><br />Talvez aquela rua<br />A casa amarela<br />Talvez o poste<br />O bueiro<br />O céu<br />Talvez a nuvem<br />Talvez a guerra<br />Talvez a chuva<br />Talvez Helena<br />Talvez.<br /><br />Só sei que <br />Se ele não tivesse falado com Maria Helena<br />Naquela noite<br />Naquele dia, naquela hora<br />Ela não teria sorrido<br />E dito assim, serena<br />“Eu te perdôo”<br /><br /><br /><em>Luisa Iva <br />em 14/9/2010</em><br /><br /><br />Dia sete desse mês o nosso blog completa dois lindos aninhos!<br />Parabéns!<br />E obrigada aos poucos e bons leitores que fazem daqui um cantinho feliz.<br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-90168649216370859002010-08-31T12:48:00.004-03:002010-08-31T22:21:08.148-03:00Ciúmes – a saga de uma namorada neurótica.Pára de olhar pra ela! <br />Eu sei que você está olhando.<br />( Bochechas coradas, voz aguda)<br /><br />Amorzinho, não estou olhando pra nada!<br /><br />Para de ser dissimulado, homem!<br />Tira o olho dela<br />Tira o olho dela!<br />(gritos fortes, rosto parcialmente vermelho)<br /><br />Eu juro que não estou olhando ninguém!<br /><br />Mas você ainda insiste?!<br />Eu vi, eu percebi<br />Que você não tira o olho de lá!<br />(vermelhidão total, ira)<br /><br />Você está louca?<br />Não vejo ninguém...<br />Quem você está vendo?<br /><br />Tira o olho dela, vai ser melhor pra você<br />Finge que não vê, né?<br />Não adianta, eu sei.<br />(cinismo, ironia e vontade de esganar o sujeito)<br /><br />Meu Deus!<br />Você enlouqueceu!<br />Me diz o que é que houve!<br /><br />Tira o olho desta maldita bola!<br />Eu aqui do seu lado<br />E você não tira o olho dessa televisão!<br />Vou desligar a TV.<br />Estou com ciúmes do futebol...<br />(Biquinho)<br /><br /><br /><em></em> Luisa Iva<br />em 31/08/2010<br /><br /><br /><br />Ainda bem que eu gosto de futebol.<br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-45699661082512572882010-07-29T09:38:00.003-03:002010-08-03T00:21:22.905-03:00SimpatiaSimpatia,<br />Nem sei bem o que vejo em você...<br />Sorri pra mim<br />Com essa luz de dentro<br />Chave mágica, lampião.<br /><br />Sabe, Simpatia<br />As coisas são complicadas demais.<br />Eu sempre tive as palavras certas,<br />Agora elas estão em greve.<br /><br />Acho que é você<br />Que me faz perder o tom,<br />Sair da linha<br />Do bem-feito, do certo demais.<br /><br />Obrigada, Simpatia.<br />Às vezes a gente precisa <br />Se desconcertar.<br /><br />Você me desconcerta.<br /><br />Simpatia,<br />Nem sei bem o que vejo em você...<br /><br /><br /><em>Luisa Iva<br />em 21/07/2010</em><br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-56534822230252023312010-07-21T11:42:00.003-03:002010-07-21T15:30:45.168-03:00InstantâneoEm três minutos <br />Vou te dizer o que venho pensando<br />Há tempos, meu bem.<br /><br />Tic Tac<br /><br />O mundo dá voltas<br />Mas hoje ele gira mais rápido<br />É fast.<br />Very fast.<br /><br />Tic Tac<br /><br />Eu venho pensando em nós<br />Admito.<br />E não foi rápido pensar no que dizer.<br />Mas digo.<br /><br />Tic Tac.<br /><br />Tá acabando o tempo<br />Hoje em dia o relógio manda.<br />Vou falar rapidinho<br />Pra não incomodar.<br /><br />É fast.<br /><br />Tic Tac.<br /><br />Eu te amo.<br />É só.<br />É fast.<br /><br />Tic Tac.<br /><br />O miojo cozinhou<br />Vou desligar.<br />Até mais, meu bem.<br /><br />Tic Tac.<br /><br />Tu Tu Tu...<br /><br /><br /><em><br />Luisa Iva</em><br /><em>em 21/07/2010</em><br /><br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-27154569152432670892010-06-24T21:37:00.001-03:002010-06-24T21:39:49.147-03:00LacunasNão sei bem de ti, meu amor,<br />Nem de mim sei bem.<br />Sei tão pouco do mundo <br />Que dele nem sei se faço parte.<br />E do mundo alheio,<br />Alheio a ti estou.<br /><br />Sei tão pouco de ti<br />Que em ti não sou.<br />Sei tão pouco das cores<br />Que me sinto cinza.<br />Da luz também não sei, amor<br />E te amo no escuro,<br />Assim, sem poder mostrar-me.<br /><br />Sei tão pouco da vida<br />Que nem sei se vivi dela o bastante<br />Ou se ainda me resta algum fio da linha do tempo.<br />Não sei se faço parte<br />Ou se sou inteiro.<br />Não aprendi a contar histórias, nem estrelas.<br /><br />Só sei que sou velho.<br />Isso as rugas me contaram.<br /><br /><strong><em><br />Luisa Iva <br />em 24/06/2010</em></strong><br /><br /><br />Reflitam.<br /><br />E...<br />ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-56987467376938764052010-05-14T15:23:00.005-03:002010-05-20T22:03:54.971-03:00Sábado AzulBem de manhãzinha, num sábado azul, eles se encontraram. Sorriram alegres por verem que realmente estavam ali juntos, embora já tivessem se visto no dia anterior. Bonito isso dessa gente ficar contente só de se ver e não enjoar de se encontrar toda hora. A presença, quando se basta, se torna o maior refúgio do outro, o maior abrigo; a companhia, a maior diversão, o carrossel mais colorido, a experiência mais viva.<br /><br />As mãos se tocaram para depois se aninharem num aperto delicado. Entrelaçaram-se, simultaneamente. Mãos dadas, almas coladinhas, sentimento comum. As unhas dela arranharam de leve a palma da mão do rapaz. Ele tomou-lhe a mãozinha delicada, de unhas pintadas na cor da maçã do amor, e deu uma mordidinha nas costas. Mordida que acaricia, arranhão que afaga.<br /><br />Ela encostou sua cabeça no peito dele por um segundo e, levantando-a, sorriu. Ela sentia-se protegida quando estava com ele, ele gostava de protegê-la. Novamente, a cabecinha procurou o corpo do rapaz, pedindo um cafuné e, para atender ao pedido, ele acariciou-lhe os cabelos com ternura. O cheiro dos cabelos da moça despertava tantas lembranças boas quanto o perfume doce que ela usava, duas espirradinhas de cada lado – maravilhoso!<br /><br />Continuaram a andar e as pessoas que passavam pela rua olhavam admiradas o jovem casal. Quanta felicidade. Eles eram felizes sim, eles tinham aprendido a ser felizes, e andavam com a leveza de quem ama. Sem pressa, sem relógios, sem preocupação. O que lhes regia o ritmo dos passos era o prazer de estarem juntos, de terem um ao outro e, por isso, desejavam que aquela caminhada se prolongasse mais a cada minuto.<br /><br />Moviam-se compassados, o coração também batia no mesmo ritmo. Ele era dela, ela era dele, e não se importavam de pertencer um ao outro. Triste é quando a gente quer ser só da gente mesmo, sem se dividir com ninguém, sem ter ninguém pra se compartilhar com a gente. Eles não tinham disso, se orgulhavam em dizer que, de tão juntos, já haviam atrelado seus quereres, deixando em cada um, um pedacinho do outro.<br /><br />Atravessaram a rua no sábado azul. E seguiram. Ela queria tomar sorvete, ele queria o que ela quisesse. Então, era o sorvete mesmo. Sorvete de sábado azul.<br /><br /><br /><br /><em>Luisa Iva<br />em 13/05/2010<br /></em> <br /><br />Aproveitando pra desejar os parabéns pra Lety, a menina do coração mais meigo, e um beijo para aquele que deixa meus sábados, meus domingos e minha semana toda mais azul.<br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-85753244316755097342010-03-30T18:59:00.004-03:002010-04-01T11:26:07.487-03:00Brevidades sobre o amor maiorO meu amor é assim, sereno. Pra ele não tem chuva, nem sol, nem frio. Só festa, tempo morno, confete, bis. <br /><br />Meu amor é tão vívido, singelo amor. De tão simples é raro. Jóia, coroa, baú do tesouro, fim do arco-íris, bilhete premiado. Raro amor que não ostenta, não vulgariza, não empina o nariz. Amor de pureza, inocente; só ama, não fere.<br />Amor que faz brilharem os olhos, amor que faz a voz cantar. Arrepio, sorriso, suspiro, amor, amor maior. Não suporta saudade, não mede esforços pra se demonstrar. Sobe no palco, no muro, nas Muralhas da China, e grita – eu amo. O grito do meu amor é sussuro doce.<br /><br />Amor tão grande aos meus olhos, mas que, de tão singelo, se abriga em meu peito. Não se expande pra não incomodar. O grande amor é o que cabe nos mais breves espaços. Amor de fechadura, do sorriso envergonhado, do beijo roubado, da mão estendida... De centésimos, milésimos grandiosos. Amor que não usa fita métrica, relógio, cronômetro, balança, catraca. Sentimento que se adapta, que cabe em qualquer coração de esperança.<br /><br />Amor que é amor cabe nos mais breves instantes. Ama, não restringe; agracia, não atormenta; não mede, congela ou enjaula, é multiforme, multicolorido. Amor que é de todos, meu também. O meu amor é aquele que envolve. Basta abrir uma brecha, um espaço, uma fresta que ele vem entrando, humilde. <br /><br />O meu amor, que trago no peito, é contente em exercer o seu trabalho: fazer amar. E amo.<br /><br /><br />Luisa Iva Maia Forte<br />em 22/03/2010<br /><br /><br /><br />Sem enfeitar o discurso, porque o amor é simples, mando um beijo especial pro meu mais singelo amor.<br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-2041083905031056402010-02-26T16:05:00.003-03:002010-02-26T22:46:45.402-03:00Ah, meu bem...Meu bem, não minta que essa vida já é complicada demais, não faça toda essa cena, não invente mais nenhum problema, evite essas rugas a mais.<br /><br />Ô, meu bem, nem faz tanto tempo que tava tudo bem, all right, ok. Mas do nada esse tudo despenca, esse tudo desaba e me faz chorar outra vez.<br /><br />Por que deixar-se ir? Crie raízes, acampe um sorriso no meu jardim, pra sempre. Por que deixar acabar? Foi tudo tão lindo, foi tudo tão certo... Vem comigo, monte acampamento onde sempre foi pra você ficar. <br /><br />Se fixa, meu bem. E preste atenção, está bem?! Chega de mansinho, me faz um carinho, me chama de amor. Que aí eu tento esquecer tudo; toda lama, todo drama, e vou ficar só com você.<br /><br />Me dá um sorriso, uma piscadinha, não franze essa testa não. Eu não quero mais esse problema, eu quero uma solução. Faz assim então, você dá meia volta, bate na minha porta e se apossa do meu coração.<br /><br />Ah, meu bem, eu tinha tudo nas mãos. Ah, meu bem, você sempre foi a minha resposta. Vou te provar por a mais bê que a vida lá fora é só nossa, mas que, pra ser de nós dois, tem que haver eu mais você.<br /><br /><em><br />Luisa Iva Maia Forte</em><br />02/02/2010<br /><br /><br /><br />Dizem que a vida da gente começa depois do carnaval, então, Bom começo de ano pra todo mundo!<br /><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-8148690028556231012010-02-01T17:28:00.004-02:002010-02-01T17:44:24.567-02:00PuxadinhoNão sou sua metade, amor, e nem você a minha, pois, se fôssemos, seríamos incompletos a sós. Você sem mim continua a viver e eu também continuo sendo eu sem você.<br /><br />Não sou metade incompleta, não tenho meio coração, meio estômago. Sou integral e completamente eu. Um eu em solidão, nem triste e nem feliz. Eu, só.<br /><br />Você também não é incompleto, é cheio, cheio de si e da sua essência. Precisando talvez de um tempero a mais, de uma cor a mais, mas, sem mim, você é você.<br /><br />Não podemos admitir que somos vazios, amputados de parte de nós. Não somos meio, somos a totalidade. Um total descolorido e até sem graça, mas somos o todo.<br /><br />Minha casa já veio alicerçada, com todas as quatro paredes. Quarto, cozinha e banheiro. Paredes de cal, telhado. Você é meu puxadinho, minha salinha de TV, com estante de livros e um belo sofá. Você é a parede colorida da sala, as almofadas, a mesinha de centro, o porta-revistas, o videogame. Você é a parte consciente que me faltava; minha estante de livros.<br /><br />Sua casa também já veio alicerçada. Quarto, cozinha e banheiro. Paredes de cal, telhado. Mas eu sou seu puxadinho, meu amor. Sou a varanda arejada, a rede, a churrasqueira de tijolinhos. Sou a poltrona acolchoada, as rosas do canteiro. Eu sou a parte aconchegante que te faltava; sua rede.<br /><br />Podemos viver sós: paredes de cal, telhado, quarto, cozinha, banheiro. Não precisaríamos de mais. Mas queremos. E, por procurar algo que nos dê ânimo, somos dois, em união. Nada tiro de ti, nada extrais de mim. Completamo-nos graciosa e misteriosamente. Sou sua rede, você é minha estante. Sou sua churrasqueira, você é meu sofá. <br /><br />E, com tanto aconchego, tanta beleza, quem é doido de querer ser só?!<br /><br /><em><br />Luisa Iva<br />em 01/02/2009</em><br /><br /><br />Mais um mês começando hoje! Que fevereiro traga boas supresas!<br /><br />Aproveitando o espaço para dar um parabéns enorme, sorridente e vibrante para a Bia, a mais nova jornalista! Parabéns, querida, você mereceu muito.<br /><br />Parabéns também aos aniversariantes do finzinho de janeiro e de fevereiro! Em especial a minha irmãzinha linda e aos Thiago's (três, pra ser mais exata).Felicidades a todos!<br /><br />E, para terminar, um grande beijo a todos que acompanham o blog, em especial para Mabi e Vê que, mesmo longe, não esqueceram de mim. E também aos que andam colocando meus textos no orkut. Estou ficando famosa por lá! hehehe<br />(Falta muuuuito ainda!)<br /><br /><br />Acho que terminei.<br />Ponto final cheio de carinho.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-87176115469884254572010-01-12T11:40:00.005-02:002010-01-12T11:47:53.145-02:00Meus nós<blockquote><em><strong>Antes só...</strong></em></blockquote><br />Estava tudo claro e de repente escureceu. A presença de algo fluido fazia-se perceber.<br />- Muito prazer, eu sou a Liberdade.<br /><br />A voz ecoou, virou a esquina e se perdeu. Eu não respondi, tinha medo.<br /><br />- Você não me diz nada?<br /><br />- Não quero dizer. Eu sabia que você viria e sei que quer me seduzir.<br /><br />A impressão de um leve sorriso por parte daquele ser me causou arrepios.<br /><br />- Eu sou o que todos querem. Há pessoas que imploram por mim, que me gritam. Eu vim te visitar, você deveria sentir honra. Você me quer? Não sabe quantas coisas posso lhe oferecer...<br /><br />- Não quero. Não pedi que viesse. Vá embora. Vivo bem sem ti. Não vou perder meu direito de escolha.<br /><br />- E vai abrir mão de mim? Se me quiser, poderá usufruir de todos os pecados, os mais deliciosos. Tanto luxo, diversão, nada para se preocupar... Te darei asas! – E riu um riso profundo, cínico.<br /><br />- Não te quero. Você não sabe quantos eu já vi se perderem por sua culpa. Você não sabe quantos eu vi cair. Quantos corações apunhalados, quantas lágrimas sofridas... Você dá asas a uns e corta as dos outros.<br /><br />- Sei bem. Eu sei de tudo, criança. Sei de você e do mundo, sei de cada um e de todos. Eu só não sei como você ainda não caiu. Porque ainda me nega? Por que não sucumbiu?<br /><br />- Eu sei bem o que é sofrer. E sofro. Prefiro carregar a minha cruz a me deixar levar. Não gosto dos atalhos sombrios e repugnantes que me oferece, vou plantar minhas sementes na minha estrada longa.<br /><br />- Sua estrada só tem pedregulhos.<br /><br />- Eu sei procurar o solo bom, tenho paciência de sobra. Eu escolho para onde vou.<br /><br />- Mas isso é liberdade. Isso sou eu!<br /><br />- É aí que está! Você é a liberdade dos fracos, dos que se deixam levar por ofertas imbecis. A minha liberdade sou eu que faço e ela consiste em me prender ao que quero. Eu escolho as minhas grades, eu aperto os meus nós. Mas também afrouxo, desfaço, enfeito com laço de fita. Você não permite o apego a nada. A liberdade que me oferece é vã. Eu quero voar sim, mas com a possibilidade de fazer um pouso tranqüilo.<br /><br />- Comigo os vôos são mais altos, meu bem...<br /><br />- Mas a queda é mais dolorosa. Inútil! Eu quero poder criar raízes quando bem entender, quero poder ficar quando todos tiverem que ir, eu sou diferente de todos esse cínicos que arrebitam os narizes e largam tudo o que tem e que buscam em troca de uma liberdade mascarada. Essa liberdade é o quê? É banalidade, futilidade, superfície rasa. Eu gosto de ir fundo! Eu quero bem mais que não dever satisfações a ninguém. Isso não é motivo de orgulho, é sinal de falta de zelo, de bem-querer. Eu quero bem mais que essas aparências! Eu vejo além!<br /><br />- E o que você vê?<br /><br />- Eu me vejo feliz. E pra ser feliz a gente precisa abdicar de certas coisas. Lá na frente vai valer a pena ter puxado as rédeas, lá na frente eu vou sorrir. Não entrego a minha felicidade nas mãos de ninguém. Já o fiz e não deu certo; não vai ser nas suas mãos que vou me perder. Agora eu sei que posso lutar e que o meu futuro pertence a mim!<br />O mundo dá voltas, liberdade, e eu vou deixá-lo girar. Não preciso de excessos, por isso não te quero. Você se oferece a mim em demasia e eu quero um pacote econômico. Sei viver com um pouco mais de pé no chão que os outros, e aprendi isso sofrendo. <br /><br />- Como você se chama, criança?<br /><br />- Eu me chamo Equilíbrio.<br /><br />A liberdade foi embora caçar novas vítimas, novos pedintes que posteriormente virão a se arrepender. Por eles nada faço, a vida ensina. <br />As luzes voltaram a se acender. Não me mexi, estou deixando o mundo girar.<br /><br /><br /><em>Luisa Iva</em><br />em 08/01/2010<br /><br /><br />Que calor! Que beleza! Felicidade de quem agora está na praia!<br />Antes de encerrar, tenho que agradecer ao pessoal que vem aqui ler meus textos. Muito obrigada, gente!<br /><br />E agora,<br />Ponto Final.<blockquote></blockquote>Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-371036463760435312010-01-06T16:49:00.003-02:002010-01-06T18:16:05.950-02:00Pode chegar, 2010!O que você fez no seu reveillon? Olhou pro céu ou olhou pro chão? Chorou de tristeza ou de emoção? Viu os fogos da areia, do asfalto ou sentado no sofá?<br /><br />Você pulou ondinhas? Comeu romã? Cuspiu caroço de uva? Tomou benção, se ajoelhou? Pulou degraus, beijou alguém? <br /><br />O que você fez? Agradeceu ou ficou lembrando do que não deu certo? Você sorriu pensando no futuro?Desejou algo bem forte? Você ganhou flores? Beijou ou foi beijado? Desejou ter alguém ao seu lado? Quis deixar algo para trás?<br /><br />Eu olhei os fogos no céu, olhei o mar. Acho que agradeci mais pelos desafios do que pelas conquistas. Eu desejei bem forte ter uma coisa e deixar outras para trás. Eu sorri. Chorei e fiquei com as bochechas coradas. Abracei as pessoas mais importantes da minha vida e emiti vibrações de afeto aos que não estavam comigo. <br /><br />Eu vi pessoas ganhando beijos, pulando ondas e brigando nas primeiras horas do novo ano. Eu sou uma espectadora da vida, atenta. Da minha, sou autora, do mundo que roda, observadora. Observo curiosamente e adoro intervir.<br /><br />O ano novo chegou rápido para mim. Sinceramente eu queria começar algo novo. E o novo, então, arrombou as portas da vida e girou os ponteiros do relógio. Talvez ele tenha se esquecido de mim, pequenina. Ou talvez seja eu que ainda esteja velha, porque o novo já está aí.<br /><br />Pode chegar, vem cá pra perto e cochicha no meu ouvido o que vem por aí. Não quer? É, 2010, talvez seja mesmo pretensão minha querer saber assim, logo de cara, o que você reserva para mim. E, na mais pura verdade, nada ainda está definido. Eu posso mudar todos os seus planos, assim como você os meus. Vou seguindo meu rumo e você vem comigo. Saiba que eu me dou ao luxo de voltar atrás quando percebo que peguei o caminho errado. Eu não tenho medo de me arrepender não, tenho medo de não dar tempo de mudar o rumo.<br /><br />Então, senhor 2010, faça o favor de entrar com o pé direito, viu?! Chega de mansinho e se comporte porque a dona da casa sou eu. Nada de traquinagens, de fazer estripulia com as minhas emoções, pois delas cuidamos eu e Deus, só.<br /><br />No mais, faça um bom trabalho. Seja bem-vindo e sinta-se em casa. Poupe o mundo dessas catástrofes, novo ano, poupe a raça humana das desastrosas conseqüências dos nossos atos de vandalismo contra o planeta e contra nós mesmos. Traga-nos paz, luz e saúde. E que Deus nos permita trilhar o caminho do bem, buscando o que almejamos de coração. <br /><br />A todos nós, alegrias mil! <strong>Mil não, dois mil e dez!</strong><br /><br /><br />Luisa Iva<br />06/01/2010<br /><br /><br /><br />Antes de tudo, quero parabenizar o nosso blog por ter completado um lindo aninho em outubro! Não fiz postagem de comemoração porque não me lembrei, confesso.<br />Mas fica aqui meu agradecimento sincero aos amigos que passam por aqui, lêem e comentam. Muito obrigada, pessoal. E que nesse ano novo tenhamos muitas alegrias para comemorar!<br />Amanhã (dia sete) o blog comemora um ano e três meses! Parabéns, parabéns!<br /><br /><br />E hoje é ponto de exclamação, emitindo vibrações positivas para o ano que se inicia!<br /><br />Um grande beijo!Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-21407630509176128892009-12-22T16:36:00.002-02:002009-12-22T17:22:45.509-02:00Destino: Pólo NorteQuerido Papai Noel,<br /><br />Já me disseram que o senhor não existe e, há pelo menos uns 15 anos, eu sei que a minha mãe compra meus presentes de Natal. Só que aconteceu uma coisa, bom velhinho, que acho que nem o Super – Homem poderia resolver...<br /><br />Pensando nisso, a única solução que achei foi tentar enviar essa carta ao Pólo Norte, com a esperança de que na sua fabulosa Fábrica de Brinquedos se encontre a solução para o meu problema.<br /><br />Acontece, Papai Noel, que eu tenho um congelador. Um congelador enorme. Grande, grande mesmo. Só que ele não pára de congelar. O gelo já tomou conta dele todinho, não há mais espaço para colocar nada dentro. Há tanto gelo, Papai Noel, que o congelador está expulsando todas as coisas de dentro dele para dar lugar à expansão da neve.<br /><br />Já chamei todos os técnicos, já pedi a Deus, já tirei da tomada, já deixei jogado num canto, já li o manual... Mas nada acontece. Nada mesmo. O congelador continua congelando. <br /><br />Minha casa está ficando fria, meus dias estão ficando frios, tudo que vejo e que toco está se refrigerando. Papai Noel, creia-me: eu gosto de calor. Sou brasileiro, gosto de praia, de frescobol, de 40 graus. Não gosto desse frio todo não. Eu quero é calorão, aquele que não deixa e gente dormir sem ligar o ar no máximo.<br /><br />Então, Bom Velhinho, vou me despedir com o coração na mão e a mão apontando pro céu pra ver se acho uma rena voadora. Por favor, vê se dá pra arranjar um jeitinho de descongelar o congelador pra mim... Sei lá, um isqueiro mágico ou uma caixa de fósforos poderosa... Estou torcendo, viu? <br /><br />Um beijo, Noel<br />Do brasileiro do congelador.<br /><br />PS: Eu fui bonzinho esse ano. Segurei o meu orgulho, maneirei na raiva, no rancor e na tristeza. Papai Noel, eu sorri até quando tinha que chorar.<br /><br /><br />Ponto final.<br />Feliz Natal<br />ho-ho-hoLuisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-30820682173638506932009-12-01T14:42:00.006-02:002009-12-01T17:50:30.291-02:00Estradinha- Que pedras grandes. Acho que paro por aqui. – Ele disse, já voltando-se para trás.<br />- Mas por quê? Você não disse que tinha o sonho de chegar lá em cima? Falta tão pouco agora... Eu vou com você! – A reação inesperada do rapaz espantara a menina, que já tinha começado a escalar.<br />- Ninguém me trouxe, ninguém vai me levar. Vou sozinho. É uma questão minha, vou resolver.<br />- Ninguém te trouxe, mas eu te encontrei pelo caminho. Você me convidou para seguir contigo, então eu vou.<br />- Não tente me entender. Não dá. Volto e talvez outro dia eu continue. O fim da tarde se aproxima, não sei se é seguro.<br />- São cinco da tarde, não há motivos pra ir embora. Fica. Eu vou com você. Não é tão alto.<br /><br />O rapaz olhava pra ela. Por que tanta insistência? Ele tinha motivos pra subir? Tinha. Mas começara a desconfiar deles. A volta lhe parecia mais atraente. A solidão, o caminho sem aquela menina tagarela devia ser melhor.<br /><br />- Não vou. Já decidi. Me desculpe te deixar aqui. Se quiser, te levo em casa.<br />- Não. Eu fico. Você também. Eu sei que você quer subir, me falou disso o caminho inteiro. Nós andamos tanto... Vamos subir, senão é viagem perdida!<br />- Às vezes quando se chega perto do abismo, é melhor pular.<br /><br />Ela fez cara de interrogação. Não sabia o que ele queria dizer com aquilo.<br />- Como assim? – Perguntou.<br />- Nem sempre tomamos as decisões certas. Quando chegamos bem perto de alcançarmos o que queríamos percebemos que é melhor desistir e abrir mão.<br />- E você sabe tão bem o que quer?<br />- Não. Mas senti que é melhor voltar. Em casa é mais quente, mais confortável.<br />- Mas aqui está o que você quer. Como você me convida e depois me abandona?<br />- Não vou te abandonar. Quer que eu te deixe em casa? Ou que eu te ligue amanhã pra ver se você chegou bem?<br />- Não. Vou continuar. Vem comigo. Eu juro que não falo nada. Juro que não vou te ajudar a subir. Vou atrás, bem quietinha.<br /><br />Só a notícia de que ela não iria mais falar, já dava uma sensação de alívio ao rapaz. Resolveu aceitar, ela não ia ceder mesmo.<br /><br />- Ok. Vamos.<br /><br />E subiram. O caminho daquele pequeno morro era íngreme e possuía muitas pedras. Eles foram com dificuldade.<br /><br />Ele escorregou e agarrou na manga da camisa dela.<br />- Você está sempre aí atrás pra me segurar, né? – Os dois riram. Ele já não estava tenso.<br /><br />Já se via o pico, onde a elevação acabava. Ele chegou lá primeiro e ficou olhando a moça se aproximar. Ela estava exausta, mas trazia consigo um sorriso aberto.<br /><br />- Não é lindo? – ele perguntou ao vê-la chegar<br />- É... Muito lindo. Valeu a pena?<br />- Sim. Você me fez chegar aqui e agora eu sei que valeu a pena.<br />- Você falou lá embaixo sobre o pulo. Quer pular?<br />- Não. Prefiro ver o sol se pôr do seu lado.<br /><br />(Luisa Iva Maia Forte)<br /><br /><br /><br />Passou a UFF! Menos uma!<br />Agora só falta o ENEM e as segundas provas.<br />Pra comemorar, eu mudei o visual do blog :D<br /><br />Semana que vem acho que vou ter a colaboração da minha querida priminha loiríssima e bronzeada Rayssa.<br /><br />No mais, é isso aí.<br />Amanhã eu grito: FÉRIAS!<br />E aí eu coloco mais textos aqui.<br /><br />Hoje não é ponto final, tô a fim de colocar reticências.<br />...<br /><br />Beijo grande!<br /><br />(01/12/2009)Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-85159372798143331482009-10-27T19:38:00.003-02:002009-10-27T19:59:13.402-02:00Demorei, mas voltei!A minha única certeza, é que a dúvida existe. Eu corro atrás de algo que nem eu mesma sei o que é. Só sei que é vago. Mas eu quero. E, de tanto querer, chego a não querer. E do desejar tão intenso, a chama se apaga. Normal. Na verdade, normal mesmo, é não ter nexo algum.<br /><br />Eu não gosto de lugares lotados, mas a minha cabeça está abarrotada de idéias conflitantes que fazem a cada dia um carnaval maior. E nem por isso eu posso dizer que estou acostumada com essa situação. Até porque, acostumar-se não é uma coisa boa. Eu procuro não me acostumar com nada. Ficar confortável demais numa situação me gera desconforto.<br /><br />Quanto mais achamos que vamos acertar, maior é a possibilidade do erro. E quanto maior é a altura, mais dolorosa é a queda. Mesmo assim, não é legal se acomodar. Não mesmo. Acomodação gera dúvida. E dúvidas muitas vezes não têm resposta. E a falta de resposta gera o caos. O caos não é bom, mesmo que a maioria de nós consiga conviver com ele.<br /><br /><br />Quanto mais eu avanço, mais regresso pra dentro de mim.<br />Quanto mais eu corro, mais eu quero voltar.<br />Mas não volto.<br />Volto não.<br /><br /><br /><br /><strong>Cotidiano</strong><br /><br />Eu continuo esperando você passar<br />Parece que não vem tão cedo<br />Parece que vai demorar.<br /><br />Tô esperando você surgir naquela esquina<br />Como sempre, essa sina,<br />Essa repetição contínua<br />O dia de todo-dia<br />A cena de todo dia.<br /><br />Tô aqui parada, encostada<br />No muro de cal<br />Em frente à papelaria<br />Na rua principal<br />Nesse final de dia<br />Já são seis horas<br />E cadê você?<br /><br />Cadê?<br />Cadê? Cadê você?<br />Cadê você que não passa?<br /><br />Nesse contínuo movimento,<br />Nesse todo tormento<br />Vejo o mundo menos você<br /><br />E nada de passar<br />Nada de passar, passar<br />Nada de passar<br />Nada de passar<br />Nada de passar...<br /><br />Passou!<br />Puta que o pariu!<br />Eu tava amarrando o cadarço.<br /><br />Luisa Iva<br />27/10/2009<br /><br /><br />Ponto final.<br />Tô morrendo de pressa, mas senti saudade.<br />Prometo postar com mais frequência!<br />Beijos a todos, em especial ao pessoal que andou lendo o blog nesse tempinho.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-52069175990995928252009-08-23T17:44:00.004-03:002009-08-23T19:18:04.625-03:00Minhas impaciências.Eu demorei, esqueci, lembrei, me chateei e até pensei em excluir o blog. Mas me deu vontade de escrever, de continuar. Aqui é meu cantinho. Vou ficar.<br /><br /><br /><strong>Aos brados</strong><br /><br />Eu não quero a poesia pensada,<br />Ritmada, cheia de métrica.<br />Quero prosa, confusão,<br />Paralelepípedo, engarrafamento.<br /><br />Quero tempo nublado,<br />Ou um sol escaldante<br />Quero árvore seca,<br />Um gato, um preá.<br /><br />Não quero rima,<br />Quero loucura, insanidade,<br />Quero críticas tolas<br />Pra poder rir de deboche.<br /><br />Cansei de decassílabos,<br />Das redondilhas,<br />Dos trocadilhos.<br />Quero jogo de futebol.<br /><br />Cansei de domingo no cinema,<br />Cansei de novela, de TV,<br />Quero rádio e um livro de receitas de geléia.<br /><br />Cansei das normas,<br />Das leis burguesas,<br />Da maquinaria,<br />Cansei da frieza, do jogo,<br />Da falta de ritmo.<br />Eu quero é falta de noção!<br /><br />Quero andar descalça,<br />Fazer desenho com giz de cera,<br />Gritar bem alto.<br />Quero uma inseticida.<br /><br />Quero ler o que não me interessa,<br />Ouvir o que eu não entendo<br />E morrer de amor.<br /><br />Quero pular de alegria,<br />Quebrar salto alto,<br />Andar a pé,<br />Esquecer os modos.<br /><br />Cansei de lirismo,<br />Hoje eu quebro tudo.<br />Vou passar por cima<br />Das infelizes convenções.<br /><br />Quero ler o que não me interessa,<br />Ouvir o que eu não entendo<br />E morrer de amor.<br /><br /><br />Luisa Iva<br />em 23/08/2009<br /><br /><br />Até breve.<br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-21604058705447956082009-06-15T20:50:00.002-03:002009-06-15T20:55:49.366-03:00Pegadas.Só pra deixar miha marca, minha pegada, meu "oi".<br /><br />A culpa da introdução pobre e da poesia velha é toda do vestibular. Podem brigar com ele, eu deixo!<br /><br /><br /><br /><strong>Estrelário</strong><br /><br />A estrela no peito,<br />No céu da boca,<br />Das duas bocas<br />Brilhou de um jeito,<br />Da forma louca<br />Que ficou pra decifrar.<br /><br />A estrela brilhando<br />Nos olhos,<br />Dos olhos nos olhos<br />Foi se acostumando<br />Com a paisagem do lugar.<br /><br />O brilho do céu,<br />Da boca,<br />Do céu da boca,<br />Dos olhos,<br />Do ar;<br />Deixava aquela estrela<br />Parecer pequena,<br />Parecer miúda,<br />Mas sem se apagar.<br /><br />Que seria estrela?<br />Seria lama?<br />Seria drama?<br />Conta de colar?<br /><br />Quem sabe um dia<br />Se descubra estrela,<br />Mais nova chama<br />Que vai se incendiar.<br /><br /><em></em><br /><em>Luisa Iva </em><br /><em>2008</em><br /><em></em><br /><em></em><br />Ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-27565369045265965262009-04-25T17:57:00.002-03:002009-04-25T19:35:54.491-03:00Mão no mouse, mão no mundo.<strong><span style="font-size:130%;"> Ctrl C Ctrl V</span></strong><br /><br />- Ai, meu Deus!<br />Respirou. Já transpirava. Não estava tanto calor assim.<br />- Ai, meu Deus!<br />Exercício mental também cansa. Ela sabia disso. Coçou a cabeça uma, duas vezes. Apoiou a mão no queixo.<br />- Ui... E agora?<br />Ela sabia que não era por ali. Sabia disso. Já tinha visto alguém fazer diferente antes. O que mesmo a Julinha lhe tinha explicado? Como era que se fazia?<br />- Ai, meu Deus!<br /><br />Deus já devia estar preocupado de tanto que lhe evocava o nome. Ela transpirava. Trinta minutos já haviam corrido.<br />“Agora vai, agora vai.” Não foi. Não foi mesmo. Tudo errado. Teria que desfazer o que já tinha feito?<br />- Ai, meu Deus!<br /><br />Ela tinha dado ênfase no “a” do ai. Isso não era bom, era desespero. Mas ela estava determinada. Esticou os braços, alongou o pescoço. Tudo lhe doía.<br />Na sua época, pensava, nada disso era necessário. Era-se feliz simplesmente. Sem fast-food, sem videogame, sem celular e sem aquela maquininha que lhe tirava o sono.<br /><br />A luz que dela saía era encantadora, realmente fascinante. Via os mais jovens mexerem nela com tanta facilidade... Por que lhe resultava tão difícil?<br /><br />Mas ela não desistia. Já tinha conseguido selecionar o texto na página da internet. Estava tudo azulzinho.<br /><br />Suspirou, respirou fundo, agarrou aquele “trequinho de clicar”.<br />Botão direito.<br />- Ai, meu Deus!<br /><br />Abriu uma janelinha. Chegou mais perto para ver. Leu baixinho.<br />- Copiar. Uhm... Copiar.<br />Apertou meio desconfiada. Não percebeu, mas tinha prendido a respiração.<br />Abriu o Word.<br />- Ai, meu Deus!<br /><br />Olhou a página em branco. Botão direito. Janelinha aberta.<br />- Colar.<br />Clicou. Fechou os olhos levemente.<br /><br />Quando soltou a respiração, a página já estava toda preenchida. Benditas letrinhas!<br />Sorriu pela sua conquista.<br /><br />- Ai, meu Deus!<br /><br />Dessa vez, não era um apelo, era agradecimento.<br /><br /><em>Luisa Iva</em><br /><em>em 25/04/2009</em><br /><em></em><br /><br />Texto para o Movimento Blog Voluntário - contra o analfabetismo digital.<br />Vamos valorizar o esforço de quem está começando a se inserir no mundo virtual, galera!<br /><br /><br />Ponto final pontocompontobr.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-57616048664969803422009-04-22T19:10:00.006-03:002009-04-22T21:54:33.512-03:00Amor, inspirações.Digamos que o poema seja uma "parceria" com Vinicius de Moraes (Soneto de Fidelidade).<br /><br /><br /><span style="font-size:130%;">Amor, inspirações.</span><br /><em></em><br /><em>De tudo ao meu amor serei atento</em><br />Não que seja atenção o meu forte<br />Ou que tenha tido ao encontrá-lo<br /><em>Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto<br /></em>E a cada dia, a cada nova hora<br />A cada instante mudo, a cada respirar<br /><em>Que mesmo em face do maior encanto<br />Dele se encante mais meu pensamento<br /></em>E meus olhos, e meu riso e minha alma.<br /><br /><em>Quero vivê-lo em cada vão momento<br /></em>Porque momento de amor nunca é vão<br /><em>E em seu louvor hei de espalhar meu canto</em><br />Em cada esquina, em cada pedaço de chão<br /><em>E rir meu riso e derramar meu pranto<br /></em>De lágrimas transparentes brilhantes de amor<br /><em>Ao seu pesar ou seu contentamento</em>.<br /><br /><em>E assim, quando mais tarde me procure<br />Quem sabe a morte, angústia de quem vive<br /></em>Porque deixar a vida seria abdicar de ti<br /><em>Quem sabe a solidão, fim de quem ama</em><br />E dor que transcende a morte<br /><br /><em>Eu possa dizer do amor (que tive)<br /></em>E tenho, e vivo, e guardo no peito:<br /><em>Que não seja imortal, posto que é chama<br />Mas que seja infinito enquanto dure.<br /></em><br /><strong>Eu posso abrir uma exceção:<br />Quer durar para sempre?</strong><br /><strong></strong><br /><strong></strong><br /><strong></strong><br /><em>Luisa Iva, 22/04/2009</em><br /><em></em><br /><em></em><br />Reticências, corações, suspiros<br />E ponto final.Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8031100543448040768.post-22736190421177760532009-03-25T17:42:00.007-03:002009-03-29T14:33:43.253-03:00Deliciosas coincidênciasNão sei por que, mas o acaso me atrai. Tudo que é coincidência se torna mais atraente, mais vívido. O planejado é estático, determinado, invariável. Chato isso, muito chato.<br /><br />As surpresas são inesperadamente maravilhosas. É lindo ser surpreendido! Seja com pequenos gestos, pequenas palavras ou uma mudança repentina que ocasiona um bom desfecho. Surpresa só não é boa quando não dá certo.<br /><br />E o que o destino nos apronta? Ninguém sabe. Mas é bem mais gostoso não saber...<br /><br />Deixa acontecer!<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;"><br />Lasanha no forno</span></strong><br /><br />Chegara atrasado do trabalho. Um milhão de formulários, milhares de assinaturas, telefones berrantes e um trânsito caótico. Mais um dia movimentado e seu maior desejo agora era a cama. Deitar-se, dormir e esquecer.<br /><br />Passou a porta da entrada, tirou os sapatos e sentiu o alívio de movimentar os dedos dos pés. Livrou-se também do relógio, da gravata, da maleta e do cinto. Dobrou as mangas da camisa, não entendendo o porquê daquelas roupas quentes num país tropical como o Brasil. Pensou em como seria maravilhoso trabalhar de bermuda e chinelos de dedo.<br /><br />Entrou no banheiro, despiu-se e sentiu a água gelada correr e esfriar seu corpo. O estômago roncou e ele lembrou-se de que não tivera tempo de almoçar no trabalho. Saiu do banho, colocou um pijama e foi procurar o que comer.<br /><br />Lasanha congelada. Perfeito. Simples, gostosa e o melhor: bem rápida. Seria a sua refeição. Abriu uma garrafa de vinho, se achando merecedor dessa regalia.Era nessas horas que pensava que não dedicava tempo a si, a se satisfazer, só focava o trabalho. Colocou a lasanha no forno.<br /><br />- Alô – atendeu o telefone no primeiro toque.<br />- Carlos? É o Carlos que tá falando?<br />- Não tem Carlos nenhum aqui não.<br />- Não mente pra mim não, Carlos. Eu sei que é você! Assume! Diz logo que é você, Carlos! – a voz da mulher ao telefone transparecia que, do outro lado da linha, ela estava tensa e até com um tom de choro na voz.<br />- Eu já te disse que não sou Carlos. – desligou.<br /><br />- Alô. - O telefone tocou novamente.<br />- Desculpe. Não queria ter sido grossa. - a mulher parecia realmente constrangida. - É que o Carlos, o cretino do Carlos, me deu seu número de telefone dizendo que era dele.<br />- Tudo bem. – ele não se sentiu confortável parar dizer nada além disso.<br />- Obrigada. Meu nome é Mônica. E você? Como se chama? Eu já sei que não é Carlos. – Ela riu nervosa.<br />- Felipe.<br />- Você se importa de conversar comigo, Felipe?<br />Ela não pôde recusar, mesmo que, no seu íntimo, quisesse desligar o telefone e mandar a moça parar de querer contar seus problemas a estranhos. Mônica contou sua história, falou sobre Carlos, seu ex-marido, que queria a guarda do filho de 1 ano. Contou sobre a vida... Felipe ouviu, ficou mais à vontade e reconfortou-a como se já a conhecesse.<br /><br />- Ah, Felipe! Bem que eu sabia que você era uma cara legal!<br /><br />Um cheiro forte, estranho e cada vez mais acentuado vinha da cozinha.<br /><br />- A lasanha! – Felipe deu um salto.<br />- O quê? Lasanha?<br />- Queimou! Ah, meu Deus! Queimou! Um minuto...<br /><br />Correu na cozinha, desligou o forno. Não mexeria na vasilha tão cedo, queria deixar esfriar.<br /><br />- Oi. Voltei.<br />- Foi culpa minha, né?<br />- Não, não foi. Eu que me distraí.<br />- Eu ainda acho que fui eu, e faço questão de me desculpar.<br />- Pessoalmente? – ele não entendeu que impulso o levou a dizer aquilo, mas apreciou a idéia.<br />- Sim. E eu levo uma pizza.<br /><br />Ela riu. Ele deu o endereço. Parecia coisa de louco, mas ele confiava nela. Despediram-se e desligaram. Em uma hora ela chegaria,<br /><br />É, valeu a pena queimar a lasanha... Aqueceu o coração.<br /><br /><em>Luisa Iva.</em><br /><em>25/03/2009</em><br /><p><em></em></p><p>Ponto final.</p><p>E bom apetite.</p><p></p>Luisahttp://www.blogger.com/profile/02119308488510325412noreply@blogger.com3